9 de abril de 2012

SPC

SPC

(Sim, eu critiquei siglas e intitulei minha crônica com uma, achou ruim deita na BR)


Acho que deixei uma impressão meio ruim sobre o meu amigo Leo na ultima crônica, e vim desfazer o mau entendido e explicar que ele não tem Deus no coração, mas não é Ateu. De forma alguma, ele acha a falta de idéia atéia é tão louca quanto às idéias católicas, se é contra tudo isso. Contra tudo, na verdade, o que me lembra que, passadas as minhas explicações, vou aproveitar a crônica para falar de quando ele me convidou para ir ao show do SPC (Não aquele que seu nome ta na lista, a banda Só pra contrariar), aliás, não preciso dizer que o Bruno é o maior fã deles, né?

Aliás, me deixa explicar que o verdadeiro nome dele é Bruno, mas ele é contra essas coisas de nome também, e decidiu se chamar Leo. Não Leonardo, Leandro ou Leofagrio, só Leo mesmo. Voltando ao show, eu fui contrario a ir ao show, ai que o Leo insistiu mesmo e acabamos indo.
A Previsão do tempo dizia que ia chover, e portando eu levei guarda chuva e, naturalmente, encontrei o Leo lá na porta me esperando com uma bermuda de sarja e uma daquelas camisas floridas de surfista.

Tivemos de esperar a maior cota para entrarmos, por algum motivo o Leo tinha marcado de nos encontrarmos cinco horas antes do show (Eu poderia questionar e discutir, mas já tem gente contrariando demais nessa crônica). Apesar de sermos os primeiros, Leó fez questão de ficarmos no meio da multidão, longe dos melhores lugares.

Ele virou bicho quando começou o show, uns tals de Garotos travessos tocavam umas canções medonhas, e ele lá, aplaudindo, gritando, como uma tiete maluca. Até ai tava tudo bem, mas foi a banda entrar no palco para o cara começar a vaiar igual louco, xingava tudo quanto era geração dos músicos, os fãs enlouquecidos começaram a tirar satisfação e eu como bom amigo que sou comecei logo a distribuir voadoras, mas eis minha surpresa, eu não era o único maluco que me deixava levar pelo Leo. O cara convenceu todo mundo que era bem melhor xingar do que bater, afinal isso ofendia mais.

Enquanto Alexandre Piris esgoelava que a barata da vizinha estava na cama dele, A platéia se ocupava de xingar e vaiar o Léo, sobrepondo a voz do cantor e foi então que ele começou a distribuir suas próprias voadoras. Eu não quis saber de mais nada, e fui comer pipoca enquanto via a bagunça generalizada que aquilo se tornou. Era gente apanhando e banjo nas costa, microfonada no suvaco, caixa de som no joelho...

Quando a coisa toda terminou, peguei o Leo e fui levando para casa. ajudei ele, apoiando seu braço no meu ombro e, sem me conter perguntei que diabos foi aquilo ele me respondeu que ficou muito contente de ver todo aquele povo concordar com ele, porém depois percebeu que tinha tirado o estilo próprio deles e resolveu deixar que todos pudessem exibir seu estilo.

Eu nem discordei, afinal não tem ninguém que entenda mais que estilo do que o Leo, afinal roupas de calor sujas de sangue em plena tempestade, dois olhos roxos e 3 dentes faltando nunca saem de moda.

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